04 outubro, 2011

É Sempre à Noite...

É sempre à noite...
Quando o sossego das horas acaricia o sono...
Que a mão das lembranças vem colher
a vontade
no corpo que adormece. 
É sempre à noite...
Quando a ausência agasalha o luto...
Que a saudade recebe em dor
a maquia
do fadário produzido.  
É sempre à noite...
Quando a luz se torna necessária...
Que o cortinado dos dias enclausura
o negro
que no peito transparece. 

 c. p