Em Geraldes, o sossego da tarde senta-se, rendido,
no lugar do Senhor Belchior.
As estampas coladas na parede, guardiãs da alma,
decoram os dias. E guardam também o tempo
que obstinadamente se alapa em cada objecto.
Entre os trabalhos (e os alhos) dependurados,
aguça-se-nos o olhar no esmeril da curiosidade.
E dois dedos de conversa bastam
E dois dedos de conversa bastam
para que o sorriso aconteça.
Doce...
Quisemos tirar-lhe o retrato. Aceitou
com a mansidão dos que usam a gentileza como prática.
Geraldes (Peniche) - 2010